quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Reino Unido

Em seus primeiros anos, Saul apareceu como um homem revestido de humildade e autodomínio. Contudo, com o correr dos anos seu caráter mudou. Tornou-se obstinado, desobediente a Deus, ciumento, odiento e supersticioso. Sua raiva voltou-se contra Davi, o jovem guerreiro que matou o gigante Golias e que servia como músico da corte. Muitas vezes Saul tentou assassinar a Davi, enciumado pela popularidade deste (1 Samuel 18:5-9; 19:8-10).
Deus, porém, secretamente havia escolhido a Davi para ser o próximo rei, e prometeu o reino à família de Davi para sempre (1 Samuel 16:1-13; 2 Samuel 7:12-16). Não obstante, Saul continuou como rei por muitos anos.
Após a morte de Saul, o rei Davi trouxe a arca da aliança para Jerusalém (cf. Deuteronômio 12:1-14; 2 Samuel 6:1-11). Tratava-se de uma caixa de madeira contendo as tábuas de pedra nas quais Deus escrevera para Moisés os Dez Mandamentos. Os israelitas a haviam transportado consigo durante os anos de peregrinação no deserto, e prezavam-na como um objeto sagrado. Abrigando a arca, a capital do reino de Davi se tornaria o centro espiritual da nação, bem como o seu centro político.
Davi reunia as qualidades que o povo buscava — habilidade militar, sagacidade política e agudo senso de dever religioso. Havia tornado Israel a nação mais forte e mais segura do que nunca antes.
Mas Davi era um ser humano, com fraquezas como toda gente. Ele entretinha a idéia de iniciar um harém, à semelhança dos outros reis, e planejou o assassínio de um oficial de seu exército com o fito de casar-se com a esposa dele, a qual havia seduzido. Fez um recensea-mento dos homens de Israel porque já confiava mais na força do seu exército do que em Deus. Por esses pecados Deus castigou a Davi e com ele Israel. Davi, por ser o chefe da nação, ao pecar contra Deus todo o povo sofria o castigo.
Salomão, filho de Davi, foi o próximo rei de Israel. A despeito da lendária sabedoria de Salomão, ele nem sempre viveu sabiamente. Ele executou o plano político de Davi, fortalecendo seu poderio sobre os territórios conquistados pelo pai. Ele era um arguto homem de negócios, e fez alguns acordos comerciais que proporcionaram grande riqueza a Israel (1 Reis 10:14-15). Deus também usou a Salomão para construir o grande templo em Jerusalém (cf. Deuteronômio 12:1-14). Mas o pródigo estilo de vida de Salomão aumentou o peso dos impostos sobre o povo em geral. Salomão herdou do pai a atração por mulheres, e concluiu transações comerciais com reis estrangeiros que envolviam "casamentos políticos", e desse modo formou um harém de esposas oriundas de muitas terras (1 Reis 11:1-8). Essas esposas pagãs induziram-no a adorar deuses pagãos, e não demorou para que ele estabelecesse seus ritos e cerimônias em Jerusalém.

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