quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Reino Dividido

             Depois de Salomão, a prosperidade de Israel entrou em declínio. A nação rebelou-se contra Deus e suas leis. Deus podia ter destruído a Israel, mas não o fez porque ainda planejava servir-se da casa de Davi para trazer o Redentor que salvaria o mundo do pecado. Ele havia prometido levantar este Redentor na família de Abraão, e ten-Qonava cumprir a promessa.
Com a morte de Salomão, Israel mergulhou numa sangrenta guerra Qvil em que os filhos e generais de Salomão brigavam pelo trono. Roboão tinha a bênção paterna para ser o novo rei, mas Jeroboão, seu rival, exercia maior influência entre os chefes militares da terra. No fim, Roboão tomou a metade Sul do país e lhe deu o nome de Judá. Jeroboão estabeleceu seu próprio governo na metade Norte e conservou o nome de Israel. Cada um reivindicava ser o escolhido de Deus.
Veja os dois mapas que cobrem este período, e notará os principais líderes de Israel e de Judá, incluindo os principais profetas. O primeiro mapa (Figura 1) mostra quem governou Israel e Judá em cada geração. O outro mapa (Figura 2), mostra o que mais estava acontecendo no período da divisão do reino. Nenhum dos reis de Israel serviu a Deus, e Judá não foi muito melhor. Somente os reis Asa, Josafá, Joás (Jeoás), Amazias, Azarias, Jotão, Ezequias e Josias foram fiéis à Palavra de Deus. Finalmente, Deus permitiu que os impérios pagãos da Assíria e da Babilônia destruíssem a ambos os reinos e levassem os seus povos para o exílio.
Dois importantes dirigentes surgiram no tempo da divisão do reino. O primeiro foi o profeta Elias, que se destaca como um personagem singularmente austero na história bíblica. Não sabemos de onde ele veio; simplesmente apareceu perante o malvado Acabe e declarou que Deus traria uma longa seca por causa da perversidade do povo. Elias fugiu para o deserto e se deteve junto ao ribeiro de Querite, onde Deus miraculosamente proveu-lhe alimento. Havendo o ribeiro secado, Deus o enviou para socorrer a viúva de Sarepta, que sofria as conseqüências da seca. Ela estava quase sem alimento quando o profeta chegou à sua porta, mas de qualquer modo ela lhe deu o que comer. Levando esse fato em consideração, o homem de Deus resolveu permanecer na casa e os milagres se sucederam: os suprimentos da viúva nunca se esgotaram enquanto o profeta esteve ali, e havendo morrido o filho dela, Elias o ressuscitou.
Então Elias voltou à presença do rei Acabe e lhe disse que convocasse todos os profetas do deus pagão Baal, a quem Jezabel, esposa de Acabe, adorava, para encontrar-se com ele no monte Carmelo. Aqui desafiou os profetas para uma competição: provar qual deus era mais forte. Elias pediu a Deus que enviasse fogo do céu para acender o fogo de um sacrifício sobre uma pilha de lenha molhada. Deus atendeu ao pedido, e Elias matou os falsos profetas (cf. Deuteronômio 13:5). A seguir o profeta pediu a Deus que suspendesse a seca, e Deus enviou uma grande chuva. Elias sentiu-se tão feliz que saiu em disparada para os portões de Jezreel, correndo mais do que o rei e seus carros.
As ameaças de Jezabel deixaram Elias tão desanimado e amedrontado que ele pediu a Deus que o deixasse morrer. Deus, porém, ao invés de atendê-lo, enviou anjos para servi-lo e ordenou-lhe que recrutasse dois futuros reis e seu próprio sucessor. Elias obedeceu, indicando um lavrador por nome Eliseu para ser o novo profeta.

Fonte: O mundo do AT Testamento - J. I. Packer

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